domingo, 24 de dezembro de 2006

Formatura.

Na semana que passou meu filho se formou na Oitava Série do Ensino Fundamental, foi uma cerimônia simples.
Durante toda a semana, e no dia, eu revivi a minha formatura e um pouco do que eu sentia quando tinha quatorze anos, minhas dificuldades existenciais, meus sonhos, minha visão de mundo de um cara que estava entrando na adolescência com o turbilhão de idéias que há na cabeça de um jovem.
Eu sinto meu filho melhor que eu quando eu tinha a idade dele, mais solto, aproveitando melhor a vida, não muito, porque parte do meu jeito ele herdou, que o faz um rapaz quieto. Ainda assim, sinto que ele tem mais desenvoltura para encarar a vida e suas dificuldades. Que bom que seja assim, pois me lembro das dificuldades que passei para me tornar adulto e não quero que ele passe pelas mesmas, embora sejam, em parte, necessárias para ultrapassar a fase de criança e chegar a ser adulto.
No final da cerimônia dei um abraço nele, longo o suficiente para lembrar do meu passado, mas curto o suficiente para que as lágrimas ficassem dentro dos olhos.

Nenhum comentário: