sábado, 23 de junho de 2007

Os Dias Dos Amigos.

Ontem recebi um e-mail simples, breve, mas muito importante, uma mensagem dizendo que alguém gostava de mim, uma amiga escreveu, amiga especial que com esse gesto simples, expontâneo e incondicional mudou o meu dia e os próximos, também.
Aqui mesmo nesse blog, em Julho do ano passado eu já havia escrito como meus amigos são importantes para mim e como tenho dificuldade em externar isso a eles, pode ser por vergonha, medo da declaração ser mal interpretada ou outro motivo qualquer, mas queria deixar muito claro que amo os meus amigos e a essa amiga em especial que me escreveu e que só eu sei o quanto sinto desse amor por ela e pelo meus demais amigos.
Eu os amo, embora não pareça, pois os meus gestos nem sempre refletem meus sentimentos.

sábado, 9 de junho de 2007

Mãos de Fada.

Eu corto o cabelo em um salão perto de casa, ele é grande, deve ter uns vinte ou trinta profissionais trabalhando, quando chego não faço questão de ser atendido por nenhuma pessoa, prefiro o cabelereiro que estiver livre para eu ser atendido mais rapidamente.
Ontem fui cortar o cabelo e fui atendido por uma senhora de poucas palavras, mas muito capaz, pude sentir que ela cortava meu cabelo com atençao e dedicação, estava concentrada no que fazia, mesmo quando o celular dela tocou para atender a uma chamada da sua filha.
Ela cortava o cabelo com delicadeza, quase uma massagem e eu fui ficando cada vez mais relaxado, quase dormi na cadeira, sem falar que ela cortou o cabelo exatamente como eu pedi, ficou excelente. Por essas dá vontade de preferir sempre ela, nem sei seu nome, mas ficou na minha memória a boa profissional que ela é.

A Neblina.

Como toda criança eu estranhava os dias de nevoeiro intenso, não entendia o que havia acontecido com o sol que se escondia e toda a paisagem ficava enevoada, esbranquiçada, com tons de cinza. Me confundia com o horário, não sabia se era de manhã ou de tarde, se era hora de almoçar ou não. Também me sentia oprimido, a névoa me passava uma sensação de prisão, meu olhar ficava limitado e contagiava meu espírito que se abatia com o dia fechado.
Há poucos dias a cidade amanheceu coberta por uma intensa névoa como há muito eu não via e eu me lembrei da minha infância, das sensações que eu tinha por conta da neblina, revivi um pouco disso, da falta que o sol me fazia, de ver o céu, azul ou não, do sentimento de prisão que é estar sob neblina. Curiosamente uns dias antes dessa neblina os dias estavam maravilhosos, céu muito azul, sem nuvens, contrapondo com o dia de neblina que em determinados invernos aparece, como nesse outono com cara de inverno que estamos tendo em 2007.