Semana passada minha filha fez a sua Primeira Comunhão. Estava linda, uma verdadeira princesa e quase moça. Fiquei muito feliz em vê-la assim, mas me deu uma ponta de tristeza que venho sentindo há um tempo.
Quero vê-la adulta, independente, fazendo o que gosta e feliz, mas sinto falta dela criança, leve, que eu pegava no colo quando brincávamos, que eu ensinava as coisas da vida, como se portar em casa, na rua, nas casas dos amigos, que eu vestia, levava para a pediatra, aos parques para brincar e se sujar com picolé derretido, enfim, estou triste por não ter mais uma filha criança e, sim, uma pré adolescente virando mulher, um preço justo para a alegria de ser pai e de ter podido vê-la nascer e crescer ao meu lado.
Dá-se aqui, perde-se ali e assim vamos vivendo, ela crescendo e eu envelhecendo, feliz, por poder tê-la ao meu lado, vendo-a evoluir, aprender e a dar rumo à sua vida.