sábado, 5 de maio de 2007

Pensamento Em Série.

Tenho conversado com diversas pessoas nos últimos tempos, no ambiente de trabalho, na minha vida social, e tenho me sentido cansado com a falta de opinião que as pessoas têm a respeito da maioria dos assuntos, as pessoas me parecem papagaios que repetem o que lêem, ou ouvem, ou vêem.
Não há nada de diferente nelas como se as idéias e opiniões fossem, a maioria, padronizadas, as mesmas opiniões formadas a partir dos jornais, telejornais ou de conversas com outras pessoas que também não têm idéias próprias a respeito da vida e do mundo. Robôs que repetem frases feitas, clichês, preconceitos, que explicam tudo da mesma maneira, que sustentam as mesmas opiniões com os mesmos argumentos.
É muito mais fácil repetir o que se houve e se pensar como o outro pensa do que desenvolver a sua própria identidade de pensamento, dá trabalho refletir sobre si, sobre a vida e sobre o mundo, porque são complexos, exigem concentração, conexões com variadas áreas de si e do conhecimento humano, exige segurança e maturidade para que se possa chegar a uma conclusão diferente do óbvio e do lugar comum e ter argumentos para sustentar essa idéia.
Seria melhor que procurássemos pensar mais, por conta própria, ter mais autonomia para escolher as fontes que nos informam e, o mais importante, desenvolver uma visão crítica de nós mesmos, do mundo e da vida, diferente do que está aí posto a todos para pensarem do mesmo jeito. Talvez eu esteja escolhendo mal a parceria das minhas conversas, queria pessoas mais criativas, autênticas, menos doutrinadas e mais dialéticas na forma de pensar.
Estou precisando filosofar um pouco, sinto sede de novos conhecimentos, de novas pessoas, idéias. É hora de renovar minha cabeça, antes que fique tomada por velhos chavões, mesmo que um deles seja: cada cabeça, uma sentença.

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