domingo, 27 de janeiro de 2008

Reviver.

Há quatro anos não nos víamos. A conversa fluiu como nos bons tempos, atropelada, nervosa, variando de um assunto ao outro na mesma velocidade da ansiedade de colocá-los em dia.
O tempo que passou não foi suficiente para nos mudar, mas foi para nos amadurecer, fazer-nos ver melhor onde estamos no mundo e as implicâncias disso. O tempo agiu como a oxidação em um metal que, ao mesmo tempo que corrói, expõe o seu interior e o amacia, tornando-o mais flexível. Sem as exigências anteriores diminuiu a necessidade de não errar fazendo aparecer o verdadeiro eu, ou melhor, o verdadeiro nós, com isso a risada surgiu expontânea, ao contrário de antes, quando ficava soterrada pela cobrança e pelo conflito.
Foi bom relembrar o doce odor das flores de cactus e entender que rever, conversar e sentir é reviver.

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