domingo, 8 de agosto de 2010

Corrida de Pingos.

Na minha cidade o inverno é surpreendente, um dia pode ser frio e seco, no outro, quente e úmido, quando isso acontece as paredes frias do interior da casa ficam úmidas em contato com o ar quente carregado de umidade.
Pequeno, bem pequeno, uma das coisas mais antigas que lembro era da parte de fora da porta da geladeira molhada por causa da umidade do ar. As gotas se distribuíam por toda a porta. As mais altas, quando cresciam, tocavam na do lado, seu peso aumentava e começavam a descer pela porta, no caminho encontravam outras gotas, se somavam, pesavam mais e quanto mais desciam, mais ganhavam velocidade. Eu ficava observando e torcendo para ver qual delas chegava primeiro à parte de baixo da porta.
Tinha tempo, era um menino despreocupado com a vida, querendo aprender como as gotas faziam para se juntar e vencer a corrida, mais ou menos como faço, hoje, suando, me juntando a quem gosto e tentando vencer a corrida.
Tomara que falte muito tempo para eu chegar ao final da porta.

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