domingo, 2 de agosto de 2009

O Anjo Azul.

Me programei dia desses para ver um filme antigo, minha preferência, na TV. Quando li a sinopse fiquei meio preocupado, o filme era de 1930, alemão, expressionista - legal! - e tinha Marlene Dietrich como estrela.
Levei medo, pensei em um filme com imagem ruim como nos primeiros filmes de Carlitos, tomadas longas e cansativas, mal iluminado, cheio de falhas. Não foi isso que vi, o filme foi exibido em uma cópia impecável, só o som que era limitado, o que não chegou
a comprometer. Era bem cinematografado, nele percebi as técnicas comuns, hoje, de filmar, Pude ver a história se desenrolar sem que a idade do filme atrapalhasse, foi um daqueles filmes que me fez ficar pensando nele algumas semanas depois de tê-lo visto.
A história é bem interessante, mostra um professor rígido que preocupado com a correção de seus alunos os fiscalizava fora da sala de aula porque descobriu que frequentavam um cabaré. Rápido, o professor conheceu o cabaré a pretexto de pedir que não mais recebessem seus alunos lá. Acabou se envolvendo com Lola interpretada por Marlene Dietrich, a principal atração da casa.
O enredo me fez pensar na relação professor aluno, no ensinamento que transmitimos e no exemplo que damos, associado ou não ao ensinamento, Enfoca questões morais daquele período, a força do desejo que torna a mulher poderosa para certos homens e capazes de conduzí-los à decadência e a perda de seus princípios.
O filme foi uma bela e gostosa surpresa, pelas atuações, mas, sobretudo, pelo enredo rico. Aconselho aos corajosos que estão cansados do cinemão hollywoodiano.




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