sábado, 24 de outubro de 2009

Para-brisa e Retrovisor.

A nossa vida pode ser comparada a um automóvel cujo motorista somos nós. Dirigimos por onde há caminho, se não há caminho, estrada, rua, não podemos ir por ali. Obedecemos às regras de trânsito, os sinais e convenções, como na vida.
Cheguei a uma etapa cronológica onde, motorista que sou da minha vida, olho para frente pelo para-brisa quase tanto quanto olho para trás pelo espelho retrovisor. A minha vida está equilibrada entre viver o aqui e agora, planejando o que há por vir e relembrar o que passou, revivendo a minha história. Faço isso seja porque a minha história foi bacana, seja porque o presente e o futuro que prevejo não seja tão bom quanto foi o passado. É o passado que me dá sustentação para resistir aos momentos não tão bons do presente, nele me alimento quando preciso de referência para enfrentar o novo e que me assuta. Este é um tema recorrente nesse blog, pois faz parte do meu ser e da minha vivência.
Não tenho ideia até quando este equilíbrio persistirá, e também não sei para que lado penderá se desequilibrar. Está bom assim, não quero viver racionalmente no presente e planejar friamente o futuro, tão pouco quero viver de passado, mas se for preciso engato a ré do meu carro se o futuro me intimidar e não der perspectiva.

2 comentários:

Anônimo disse...

É meu grande Mauro:
Creio que o equilíbrio...esta na morte do meu passado e a reconstrução do presente.
Entendo assim. A minha piada de ontem não tem mais graça...hoje...talvez nem mais o meu jeito de ser ontem faz sentido hoje.
Vou renascendo todo dia...tentando...o passado tem uma característica fundamental...chama experiencia..que é um problema..pois...o passado só ilumina o passado,,,,desculpa pelo barato.
Mas o tuas considerações são o maior barato.
Desculpa duas vezes.
Abraços do amigo

Fernando Mafili

Dois Bits de Prosa disse...

Sábias palavras, Fernanado, e sigamos em frente, mesmo sem gasolina.
Obrigado pela visita e apareça sempre.