domingo, 6 de junho de 2010

Preciso De Um Médico.

Não estou doente e nem pretendo ficar. O que eu quero é um atendimento médico que me transmita confiança e me dê segurança.
Tenho visitado médicos com regularidade, o pai teve câncer de Próstata, não morreu disso, mas tenho que cuidar da carcaça pelo menos uma vez ao ano, ainda mais que estou no segundo tempo do jogo da vida, mais perto do último minuto do que do primeiro.
O que me aborrece é a forma pela qual sou atendido, seja por médico particular, conveniado ou do SUS.
Eu me sinto mal. O médico, qualquer que seja, me atende dando a impressão de que está apressado, talvez por que tenha mais pacientes na sala de espera, talvez porque não esteja a fim de estar ali, talvez porque acredite saber tudo da sua especialidade, não sei, o fato é que eu sinto que ele me empurra para fora da sala após duas ou três perguntas e a emissão da receita ou do pedido de exames.
Não duvido de sua capacidade, mas, agindo assim, ele me deixa inseguro de seu poder de cura. Quero um atendimento menos apressado, mais interessado em minha doença, alguém que pare de pensar no seu próximo compromisso e me olhe com cara de detetive tentando ver o que um leigo não vê, que pelo menos faça cara de interessado e umas perguntas aparentemente sem nexo demonstrando saber bem mais que eu.
Fico parecendo um televisor com fusível queimado, e se além do fusível, queimaram outros circuitos?
Atendimento em cinco, dez minutos não é consulta, é se livrar de paciente.

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