domingo, 17 de outubro de 2010

Uma Casa Sem Crianças.

Na semana que passou tivemos a visita de um menininho, sete anos de idade, amigo da Isabelle que se sentiu indisposto na escola, veio para cá porque a sua mãe estava no trabalho, impossibilitada de ficar com ele.
A casa ficou mais movimentada, ruidosa. A voz fininha dele se destacava como um som não reconhecido, diferente, vibrante. Tive que me movimentar na casa prestando atenção para não esbarrar nele porque é pequenino e não constava na lista de pessoas que a gente controla a posição, como os moradores da casa.
Me dei conta de como essa casa ficou menos alegre com o passar dos anos, não há mais crianças morando aqui, as conversas tem um enfoque adulto, as brincadeiras deixaram de ser físicas e passaram a ser verbais, irônicas ou debochadas, piadas sofisticadas que só adulto entende.
Sinto falta da agitação febril da criança e do clima de alegria que ela espalha por uma casa, não é uma saudade intensa a ponto de querer de volta esse clima, é saudade dos tempos que esta casa era mais inocente, simples, onde o problema mais sério era explicar uma piada.

Nenhum comentário: