sexta-feira, 12 de maio de 2006

Dependência Eterna.

Com a proximidade do Dia das Mães acabo me lembrando da minha que faleceu em 2001. Este ano ela completaria 83 anos.
Sinto a falta dela, tudo que sou devo a ela, meu pai participou muito pouco da minha formação e educação, a não ser pela parte financeira, custeando os meus estudos e me mantendo.
Foi a mãe que me ensinou a ser gente, a comer à mesa, me portar em público, ceder meu lugar aos mais idosos, a cumprimentar corretamente as pessoas, a ter bom senso, ser equilibrado, ver o lado das outras pessoas e construiu as fundações para que eu pudesse ter educado bem meus filhos.
Ela foi uma boa mãe, boa demais para mim o que provocou algumas discussões amorosas entre eu e ela quando me tornei adolescente. Questionava ela do por quê de tanta distinção a mim e tentava mudá-la, mas, como ela mesma dizia:
- Estou com essa idade (70 anos) e agora nada mais vai me mudar.
Sempre em tom de concordância comigo, até nesse momento ela era cordial, pacificadora e doava-se totalmente...
Ela não viu o 11 de Setembro e outras desgraças posteriores que assolaram o mundo, faleceu em Julho de 2001.
Passei muito tempo ser poder falar e pensar sobre ela, eu travava sempre que tentava uma coisa ou outra. Aos poucos fui acomodando os meus sentimentos e, hoje, posso falar dela e sobre ela tranqüilamente sem travar, apesar do gosto amargo que sinto quando lembro da sua ausência.
No Natal a saudade bate mais forte, não consigo ouvir "Noite Feliz" sem me lembrar dela e me emocionar, ela faz mais falta no Natal que no Dia das Mães.
Tudo na vida se transforma, minha esposa é mãe e parte do amor e carinho que eu dedicava à minha mãe fica transferido a ela, não é uma tranferência que substitua o amor que eu dedicava à mãe, mas distrai meu coração e o acalma.
Às vezes chego a pensar que a mãe está lá em cima, me vigiando, cuidando para que eu não me acidente e manda, de vez em quando, alguém para surgir na minha vida e mudá-la, de uma forma ou de outra, mas sempre com a intenção de melhorá-la. É a forma que ela encontrou de permanecer me cuidando, e eu, de depender dela.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, 83 anos!!! Por acaso, meu avô paterno já fez 83 anos quase no fim de Novembro. Minha avó paterna tá fazendo agora 81 anos. Esses são os pais de meu pai (55 anos). Agora, minha avó materna tem 79 anos, ela fará 80 anos em Março. Meu avô materno se fosse vivo teria 81 anos, feitos 15 dias depois de meu níver (eu a 1 de Julho, ou seja, esse meu avô 15 dias depois de fazer aniversário, fazia mais 60 anos do q eu), ele morreu há quase 3 anos e meio, tinha acabadissimo de completar 78 anos (ainda estava basicamente na fronteira dos 77/78). Agora minha avó materna teve mãe viva até aos meus 6/7 anos, morreu na época aos 92 anos, me lembro vagamente dela, era avó materna de minha mãe (53). E minha avó já estava com mais de 60 anos qdo morreu a mãe dela, e como eu falei de um caso acima, o cunhado de minha tia avó tinha um irmão mais velho q faleceu com setenta e mts anos, teria 85 anos se fosse vivo, mas a esposa dele com 83 está viva e sendo cuidada num otimo lar de idosos. E eles já estavam ficando velhinhos qdo os filhos mais novos ainda eram mais jovens! Meus pais tmb me tiveram com mais de 30 anos, mas no outro caso, a mulher, q só tinha menos 2 anos q o marido, já tinha 45 anos na ultima gravidez, mas eles já eram todos adultos qdo o pai morreu, o caçula de todos tinha cerca de uns 30 (e atualmente, os netos mais velhos é q tão rondando os 30 anos). Mas eu já mencionei idades de pessoas mais velhas de nossa familia. Os sogros de minha tia avó, seus pais e meus bisavós (q tmb eram pais de meu avô) esses morreram com mais de 85 anos.

Anônimo disse...

Aliás, meu bisavô, avô paterno de meu pai e avô de seus primos direitos faleceu com 94 anos -e ainda nesse ano se continuasse vivo faria 95 anos-, faltando 2 meses para meus 4 anos, tinha eu 3 anos no máximo, basicamente qdo eu nasci esse meu bisavô já tinha cerca de 90 anos, e já tinha outros bisnetos, para além daqueles primos q eu mencionei na resposta ao post "paitio", os filhos dos primos direitos de meu pai por parte de da minha tia avó q fez 85 anos, tmb o irmão caçula do pai de meu pai (vovô tem 83) já tinha 1 neto há mais de 20 anos atrás, é filho de seu filho mais velho (esse tio avô, de 78 anos, tem 2 filhos 1 mais velho de 51 anos e uma de 48), esse rapaz tem hj 23 anos - por acaso o pai dele, primo direito de meu pai, por parte do irmão caçula de meu avô teve um segundo casamento em q tem um filho de 10, 11 anos - ou seja, tmb era bisneto desse meu bisavô. A filha desse meu tio avô (48, ela) tem uma filha de 18 anos (unica filha, q teve aos 30 anos), ela fez 1 ano de vida logo após a morte do nosso bisavô (niver dela é nos 1ºs dias de Maio), mas eu fui a ultima bisneta q ele conheceu, ainda neném. Meu pai conta bastante e comenta q o pai dele tinha uns sessenta e tal anos e chorava q nem um garotinho qdo o pai dele e avô de meu pai faleceu. Tipo assim: "nossa, papai já tava com 65 anos qdo vovô faleceu, mas chorava copiosamente q nem um garotinho" (citando o q meu pai comenta com minha mãe, nossos primos, etc) e ele depois de viuvo (minha bisavó morreu no começo da decada de 80, nasceu em 1896) ficou internado num lar, pelos filhos e netos, dos quais meu pai e meu avô, com ótimas condições e um ótimo lar de idosos (mto qualificado, mesmo na decada de 80), qdo eu nasci ele já estava lá!