domingo, 25 de maio de 2008

Polícia Para Quem Precisa.

Adquiri o hábito de meu pai de ler/ver/ouvir notícias, não o faço obsessivamente, as vejo/ouço nos meus momentos de lazer e quando estou afim.
Há notícias, ou melhor, reportagens, que são recorrentes em todos os meios, denúncias de crimes ou contravenções que estão nas ruas ou nem tão escancarado assim, e que toda a população sabe, menos a polícia, aparentemente. É o caso do uso de drogas, sem entrar na discussão se libera ou não, do que deve ser feito ou deixar de se fazer com quem usa ou trafica, o que acontece é que sabemos onde se compra e se consome drogas, o que a lei coíbe.
Aqui perto de casa acontece em parques e praças, a qualquer hora do dia, mesmo no parque que fica a 300m de uma delegacia. A polícia nada faz como se desconhecesse o fato, precisa um veículo poderoso de comunicação fazer uma reportagem-denúncia para que a polícia mostre serviço, prenda um ou dois infelizes que deram azar de estar ali na hora errada, logo depois da reportagem ser veiculada que são pegos para cristo e aparecem na TV ou jornal como resultado do trabalho "eficiente" da polícia.
É sempre a mesma coisa: a reportagem denuncia, aí vem um policial de alto, ou não tão alto escalão, repetir a seguinte frase com outras palavras: "Não sabíamos do fato, vamos investigar", ora, não sabiam e investigar o cacete, sabem, sim, e muito bem sobre o fato, é a profissão deles, são treinados, formados para combater o crime, o vêem de longe, de bem mais longe que eu com meus quatro graus de miopia, fora o "troco de bala" do astigmatismo, possuem informantes, rede de inteligência dentro da própria polícia (não se sabe com que Q.I.), não é possível que não saibam quando toda a comunidade sabe porque vê, até as crianças vêem. Mas sempre haverão aqueles ingênuos que acreditam em tudo que lêem e ouvem que cairão nessa conversinha barata e hipócrita. Eu não, pena que só na hora do voto é que posso responder à altura a esses incapazes ou coniventes.
Situações como essa é que - ainda - me fazem ir votar, embora eu saiba que sou um pequeno e inexpressivo bit perdido em um mar de bytes, mas farei a minha parte, para não dizer, depois, que nada fiz e para que eu possar conviver mais tranqüilamente com a minha consciência.

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