sábado, 17 de maio de 2008

A Ascenção e Queda do Império.

Faz algum tempo que entrei nos "enta". Estou "bem conservado", em formol, para a minha idade, não estou completamente careca, não tenho barriga, poucas rugas, diria que sou um bom carro de segunda mão. Mesmo assim, sinto os anos, não tenho mais o mesmo vigor da juventude, meus olhos não enxergam tão bem, no final da noite me sinto cansado, enfim, não sou mais guri e muito do meu desempenho, tirando o sexual, não é o mesmo de outrora.
Meu filho está com quinze anos e em plena juventude, querendo ou não me comparo com ele, não com o objetivo de estabelecer uma competição, nada disso, seria uma grande bobagem, mas é inevitável observar que ele dispõe de mais vitalidade, raciocínio mais rápido, cansa menos, um jovem que eu fui um dia.
Ao mesmo tempo que ingresso em uma idade onde estou declinando lentamente fisica e mentalmente ele está entrando no ápice, não estou triste com isso, é apenas uma constatação, eu já passei por isso inversamente com o meu pai e aceito com alegria essa nova fase, pois já tive o meu período como o do meu filho e aproveitei bem.
A natureza é interessante, nos coloca nos dois lados, do jovem e, depois, do idoso, cabe a nós aproveitar bem cada fase da vida, ou não. Só não esperem de mim que eu fique tentando ser jovem, agora, só porque meu filho é, ele que aproveite a juventude que eu aproveitarei a minha cadeira de balanço com mp3 player embutido e conectada à Internet, óbvio, sacou?

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