sábado, 6 de junho de 2009

A Dívida Do Carinho.


Ele precisava de carinho, não aquele que vem na forma de um telefonema ou de um presente inesperado, precisava de carinho na pele, mais que um abraço, pele com pele. Não era sexo, era carinho que se obtém de graça de quem gostamos, mas de quem ele gostava não vinha nada. Resolveu pagar, carinho pago, não sexo, só carinho, pele com pele, achava que era o crime perfeito, ele não estava traindo quem gostava dele, só estava saciando sua necessidade. Que mal haveria em ser acariciado por uma estranha que ele não veria nunca mais?
Fez. Foi bom, mas na hora de pagar nem ele nem a profissional sabia quanto valia um carinho.
Sem entendimento ficou assim: ela não cobrou e ele se foi, sem saberem o valor que o carinho tem
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2 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado como isso faz falta, né?
Eu sinto. E já me aconteceu de estar próxima de alguém de quem gosto muito e não rolar mais do este carinho. Embora, neste caso, até se tenha desejo de mais...ainda mais quando sabemos que pouco nos veremos. E aí dá vontade de ter tudo de uma vez, ainda que só o tal carinho representasse bem mais.

Dois Bits de Prosa disse...

Faz, sim, é uma necessidade física insubstituível.
E ainda creio que existe ou existirá uma profissão que se especialize nisso, sem sexo, só carinho, devido à frieza e distância que o mundo atual propõe às pessoas.
Obrigado pela visita... e pelo carinho dela.