domingo, 26 de outubro de 2008

Coerência.

Coerência é uma qualidade. Bom que os outros sejam, e nós? Um exemplo: quando tinha meus 30 e poucos anos deixei de ter simpatia pelo socialismo, dei uma guinada à direita, passei a acreditar na economia de mercado e na filosofia que a embasa. Não sei porque mudei, talvez a idade, o contato com bons argumentos, só sei que mudei e basta. Para quem me via de fora não deve ter entendido nada, podem ter se sentido traídos ou inseguros com a minha mudança.
Usei este exemplo para demonstrar como nem sempre sou coerente, embora seja coerente em vários outros aspectos em que tenho convicção, são aqueles princípios que me norteiam. Daria até para escrever uma Constituição minha com artigos que regem minhas atitudes e servem de base para meu pensamento.
Quais seriam os pontos onde devemos ser coerentes e quais não?
Ser humano já é uma experiência por si só incoerente, emocional, confusa, mesmo assim há determinados conceitos em que devemos manter a coerência durante a vida toda, são aqueles que servem de pilar para a construção da nossa personalidade, que nos mantém saudáveis e aos que estão em volta de nós e os que nos possibilitam crescer, desenvolver, sem prejudicar os demais e o planeta.
Difícil definir quais são, mas cada um de nós sabe quais conceitos devem ser mantidos ao longo da vida, quais podem ser mudados pela vida ou por nós mesmos e quais aqueles que estão aí por não termos outros melhores para por no lugar.

Nenhum comentário: