domingo, 3 de outubro de 2010

O Baile de Máscaras.


O olhar dele cruzou com o dela, as máscaras só permitiam ver o olhar de um e de de outro. Se interessaram, sorriram, disfarçados era melhor para se aproximarem, menos riscos, ansiedade. A conversa fluiu leve, descompromissada.
Sem perceberem, já estavam mais próximos do que se não estivessem mascarados. O baile se aproximava do final, depois de uma longa dança era hora de verem seus rostos. Medo. Ansiedade. Tudo aquilo que havia sido esquecido até então por causa das máscaras reaparece.
Decidem não conhecer o rosto de um e de outro para não estragar o que estava tão bom e combinaram que assim seria.
Passaram o resto da vida juntos e felizes, cada um com sua máscara, a fachada perfeita para um casamento feliz.

4 comentários:

Claudia S disse...

Véus de Maya?

Dois Bits de Prosa disse...

Pode ser, sim, nossa realidade é tão complexa.
Obrigado pela visita e volte sempre.

Anônimo disse...

Não é biográfico, né?

Li

Dois Bits de Prosa disse...

Tem aspectos autobiográficos e do que observo ao meu redor, digamos que seria uma "autobiografia não-autorizada".