sexta-feira, 24 de março de 2006

Qualquer Amor é um Bom Amor? (Parte I do Destino)

Tempos idos e não mais vindos eu era acometido por um pensamento freqüente que pairava como uma nuvem sobre a minha cabeça: Se eu encontrasse um amor - e sendo fiel a ele - teria de abrir mão de outro amor, uma pessoa tão ou mais interessante que aquela que estava comigo naquele momento? E havia muitas pessoas interessantes no mundo à minha volta e há até hoje. Como saber se aquela pessoa que estava ao meu lado era a ideal, a melhor, a única?
Eu via qualidades em muitas mulheres e não só qualidades estéticas que à época me chamavam a atenção por causa da minha juventude, mas qualidades outras, de personalidade, de alma, que são muito mais importantes que as estéticas, nunca reunidas em uma só mulher, mas espalhadas por várias. O que fazer com um problema desses? Experimentar todas ou quase todas mulheres que estavam ao meu alcance? Impossível. Não tenho e nunca tive a característica de ser um conquistador, e nem tenho o poder de seduzir quantas e quais mulheres eu quisesse. Uma solução seria conhecer a maior quantidade possível para poder optar pela pessoa que no meu entender reunisse as melhores qualidades. Na teoria ótimo, mas na prática não foi isso que aconteceu por questões ao mesmo tempo paralelas e assimétricas que a vida me impôs.
Engoli a sensação de alguém sensacional me escapar por entre os dedos e a tenho até hoje meio engasgada na garganta, de vez em quando me assola a idéia de não ter conhecido a pessoa maravilhosa que estava predestinada a mim e eu a ela, que se encaixava melhor comigo, mas me pergunto: existe apenas uma? Não existem várias? Quem sabe a partir de centenas de mulheres com as mesmas qualidades eu poderia escolher uma para estar ao meu lado e me contentar com isso? Não importa, a sensação me persegue tal qual uma assombração.
Por outro lado tenho o pressentimento que a vontade de experimentar está ligada a falta de oportunidade, é como se eu só quisesse ter a possibilidade de experimentar. Me parece que esta necessidade de variação é biológica, coisa de homem, necessidade de espalhar DNA por onde andar, algo animal e pré histórico. Se eu experimentasse da forma que eu escrevi acima logo me desinteressaria pois veria a inutilidade de tal atitude.
Dúvida, esta é uma dúvida existencial e biológica.
Você já foi assolado por tal sentimento? Não. Você não está na minha alça de mira, relaxe, você só está lendo meu blog... Ahaha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não estou na mira hein? Sempre me sinto "mirada" hehehe