sábado, 19 de julho de 2008

Eu Não Bebo, Sim, Estou Vivendo.

Muito se fala na tal de lei seca que pune com prisão quem for flagrado na direção mesmo tendo bebido pouco.
Eu não bebo e sou a favor da lei, mas deixa eu explicar, não sou daqueles chatos que vivem dando discurso contra a bebida, eu não gosto do gosto dela e dos seus efeitos, também não gosto de quem bebe e muda a sua personalidade, uns se tornam chatos falando o tempo todo sobre os mesmos ou sobre o mesmo assunto, tipo:
-Sabe que eu fiquei com a fulana? Frase que é repetida umas 300 vezes durante uma festa, não há saco que agüente, e tem o outro tipo de bêbado que vira valentão e implica até com um aceno de despedida interpretando ele como um gesto hostil. Eu tolero os bêbados, mas prefiro os sóbrios.
Os bebuns não devem gostar de mim como companhia, como diz o Millôr: "Quando entre algumas pessoas um não bebe logo ele começa a se tornar inconveniente", ahahaha. Não implico com os bebuns, mas é claro que acabo ficando deslocado em uma festa onde todos bebem.
Essa nova lei talvez tenha a iluminação de mostrar às pessoas que dá para se divertir e fazer festa sem bebida e que assim a festa pode ser até mais curtida sem que todos estejam ali de corpo, mas, de fato, sendo outra pessoa que a gente não reconhece por causa da bebida. Festa é confraternização, conversa, flerte para quem pode e ninguém gosta de conversar, paquerar, com alguém que no outro dia se tornará diferente e que pode nem se lembrar da festa do dia anterior.
A lei veio porque a educação e a fiscalização falharam e está sendo saudada como a responsável pala poupança de muitas vidas e desobstrução de leitos hospitalares.
Espero que as festas daqui para a frente se tornem reunião de pessoas mais autênticas e as relações que dali surjam sejam mais sólidas.

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