domingo, 5 de abril de 2009

Muito Bem e Obrigado.

Resumo da semana: na segunda retornei ao trabalho, meio turno inicialmente, ainda caminhava mais lento que o normal e sentia o lado direito do abdômen e perna direita "presos". Foi um dia cansativo, mas me saí bem, só um pouco lento.
Na terça tive a última consulta (espero) com a equipe que me operou, fui liberado para retirar os pontos, de imediato os retirei no posto de saúde perto de casa e retornei ao trabalho, meio expediente, de novo.
Não senti diferença sem os pontos, devo fazer curativos por alguns dias por que ficou um pequeno espaço de um ou dois pontos que precisa cicatrizar melhor.
Trabalhei normalmente da quarta em diante até sábado, a cada dia me sentia menos cansado ao final dele e mais "solto" para me movimentar, com a atividade física do trabalho diário senti melhora mais rápida do que quando eu ficava em casa sentado.
Estou me sentido ótimo, melhor que antes da cirurgia, feliz por estar com um corpo normal, com tudo no lugar, sem ter que me privar e passar por constrangimentos por causa do volume visível que era a hérnia.
Eu quero agradecer a todos amigos que se manifestaram e mantiveram contato para saber da minha saúde, agradeço mesmo aqueles que não se manifestaram, pois sei que gostam de mim e se preocupam, mas que por seus motivos se mantiveram distantes, nem sempre é fácil lidar com a doença, seja nossa ou de quem a gente gosta.

domingo, 29 de março de 2009

Paciente.

Estou naquela fase... me sinto bem em casa, confortável, mas entediado. Fico entre o computador e a TV para passar o tempo, vejo o pessoal de casa sair para trabalhar e estudar, só que ainda não me sinto fisicamente preparado para retornar ao trabalho, estou caminhando devagar na rua, em casa caminho normal e me custa ir ao trabalho e voltar. Depois de amanhã tenho consulta com o cirurgião que me operou e verei com ele quando tiro os pontos e quando devo retornar ao trabalho.
Quero retornar logo à minha rotina de caminhadas matinais e trabalho o dia inteiro.
O bom é que estou descansando pelas férias que desde 2006 não tirei.

Hipotensão Pós Raquidiana.

Cheguei do hospital após ter passado a noite lá e cheguei muito bem. Fiz a barba, tomei banho e almoçei. Fiquei vendo TV a tarde toda, foi no outro dia que começou o problema, acordei com uma dor no pescoço que me acompanhou o dia inteiro. No segundo dia em casa piorei, acordei com forte dor no pescoço, acompanhado de mal estar, muito suor e vômitos. Todos os sintomas passavam rapidamente, uns trinta segundos depois que eu me deitava, só permanecia o mal estar. Senti febre e me assustei pensado que dor no pescoço + vômito + febre = meningite. Corri à emergência do hospital e o médico cirurgião que me atendeu diagnosticou "hipotensão pós raquidiana", me recomendou repouso absoluto até melhorar.
Voltei para casa e passei o restante do dia e o outro de cama e mal, não com risco de morte, mas com mal estar e os sintomas acima, eu não conseguia ficar sentado, nem em pé, que os sintomas reapareciam com força. Tomava banho com pressa e no meio dele tinha que interromper e voltar para a cama, me deitar para que os sintomas passassem, até as referições eu fazia deitado na cama.
Fui melhorando lentamente ao passar dos dias, mas tive alguns sintomas meio esquisitos que atribuo também à anestesia. No quinto dia pós cirurgia eu ouvia a todos como se falassem que nem o Darth Vader de Star Wars, com uma voz sintetizada. Eu tinha uma dor no joelho esquerdo, deve ser uma pequena lesão que me acompanha há meses. Sumiu. Até agora não voltou e sei que a lesão permanece, deve ser culpa da anestesia que por dias influenciou meu sistema nervoso.
Agora estou bem, terminando a última caixa de antibiótico, a febre se foi há dias, deve ter sido alguma bactéria no corte, os sintomas da hipotensão pós raquidiana também se foram, felizmente, porque foi um sofrimento!
A cirurgia evolui bem, o corte está cicatrizando normalmente e em alguns dia devo tirar os pontos.

sábado, 21 de março de 2009

Onde Estou?

Estranho. Muito estranho, é assim que estou me sentindo.
É o segundo dia pós operatório e estou com sintomas esquisitos, vamos a eles divididos em clínicos e psicológicos:
Clínicos:
-Dor na nuca. Começou hoje quando acordei, só dói quando estou sentado ou de pé, deitado a dor some.
-Dor no joelho esquerdo. Sumiu. Tenho essa dor há cinco meses quando flexiono o joelho esquerdo. Tenho certeza que é uma lesão, pequena, que ocasiona, ela está lá, mas a dor sumiu. Cadê a dor?
-Entupido. Desde um dia antes da cirurgia que não evacuo. Xixi normal.
Psicológicos:
-Não me sinto eu. Parece que alguém está me comandando, me sinto um robô, faço tudo automaticamente.
-Choro por qualquer coisa.
Acho que fui abduzido durante a cirurgia ou saí da Matrix.
Volto aqui quando me achar.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cirurgia. (Final)

Operei. Fim da novela. Entre Janeiro e Março desse ano fui sete vezes ao hospital em dias e horários alternados, sempre havia uma cirurgia mais importante que a minha. Não quero saber se há culpados, responsáveis ou irresponsáveis, capazes ou incapazes nisso tudo, queria só operar a minha hérnia. Foram quase quatro anos de espera, perdi tempo, cidadania e dignidade só para ficar nas palavrinhas bonitinhas dos textos moderninhos.
Não temos saúde, não temos SUS e a popularidade do Presidente da República está boa. Esses que dão esta popularidade a ele resolvem seus problemas de saúde onde e como?
Foi um corte feio, feito enviesado ao lado direito da bexiga, by SUS. Não pude perguntar, mas vejo que foram uns onze pontos que, se bem distribuídos eu poderia faturar milhões na Mega Sena.
Os médicos -fui atendido por vários- nunca viram a hérnia, a não ser momentos antes de eu operar, já deitado e anestesiado com uma peridural muito bem feita e sem dor. E se eu estivesse enganado? Se eu não tivesse uma hérnia? Fosse outra coisa? Como eles sairiam dessa?
Bem, o que importa é que estou operado, não sinto dor, a operação foi tranquila e a recuperação está transcorrendo de forma maravilhosa, não há sequer desconforto, logo estarei de volta à ativa em todos os campos, correndo, batendo escanteio, cabeceando e defendendo.
Espero o Dunga se sensibilizar e me chamar pro lugar do Kaká que anda lesionado...

domingo, 15 de março de 2009

Cirurgia. (Parte II)

A coisa está neste pé: fui na semana que passou pela sexta vez ao hospital. Nada de cirurgia, a desculpa é que há cirurgias de emergência que têm preferência sobre a minha que é eletiva, já que consigo viver e sobreviver com a hérnia, mesmo ela diminuindo minha qualidade de vida.
É a opção correta, mas o que eu quero é ser operado.
Vou fazer nova tentativa, a sétima, nesta semana, meio sem esperanças, estou contando com o constrangimento que ocasiono na equipe médica, especialmente na médica que faço contato que já demonstrou estar desconfortável com tantas desmarcações, com ela foi a terceira vez semana passada e a solicitação de cirurgia data de 23/09/2005! De agradável só os belos olhos verdes da médica, um consolo estético.
Mais notícias posto aqui. Com paciência de Jó.

O Misterioso Senhor X.

Ele surge esporadicamente no meu trabalho, se reune com alguém da Diretoria. Às vezes com um, ora com outro, às portas fechadas por breves períodos. Ninguém dos funcionários sabe quem ele é. Não trata de assuntos do trabalho, é algo pessoal.
De vez em quando vem pessoas de fora do serviço conversar com ele, também às portas fechadas.
Quem ele é? O que faz? Nenhum dos colegas de serviço sabe.
Me cumprimenta, às vezes converso com ele trivialidades, é falante, simpático, faz o estilo amigo, mas como ninguém diz quem ele é não sou eu que vou perguntar.
Um esotérico? Astrólogo? Psico sei-lá-o-quê? Conselheiro?
Aguardemos mais evidências de quem se trata o nosso misterioso senhor X. Qualquer indício posto aqui para a solução do mistério.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Buzina Encantada.

Um saudoso amigo era um cara mais agitado que seu pai, na adolescência passou a se interessar por carros: de rua, esportivos, Fórmula 1. Seu pai dirigia de forma tranquila e nunca se abalava com a falta de educação e barbeiragens dos outros motoristas. Seu filho -o meu amigo- sim. Cansado da serenidade do pai instalou um segundo botão que acionava a buzina, o escondeu perto de onde ele sentava no carro e acionava a buzina quando julgava necessário, o que seu pai nunca fazia. Em pouco tempo o pai começou a desconfiar e, um dia, comentou no carro:
- Este carro é mal assombrado, está buzinando sozinho!
Não sei como terminou a história, se o pai descobriu, o filho se acusou ou ficou por isso mesmo...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Cirurgia. (Parte I)

Desde 2005 que aguardo uma operação de hérnia inguinal pelo SUS. Em 2006 fui chamado para um mutirão em um hospital da cidade para que fosse feita uma avaliação da minha situação e de muitos outros que, como eu, aguardavam cirurgia. Minha operação foi classificada como "Urgente" no documento que o médico que me atendeu preencheu, mesmo assim, até novembro de 2008 eu ainda não havia sido chamado para a cirurgia.
Ainda em novembro passado encontrei um amigo do tempo de adolescência que hoje é médico e atende em um hospital credenciado pelo SUS, pedi a ele que interviesse por mim para tentar antecipar a cirurgia, ele me conseguiu uma consulta com um cirurgião para 02/12/2008, onde me foi solicitado exames de sangue e ECG. Apresentei os exames em 30/12/2008 e, desde então, estou aguardando ser chamado para a cirurgia. Não há uma marcação de data, a cirurgia de nível ambulatorial deverá ser encaixada em um plantão da equipe que consultei, já fui duas vezes ao hospital por convocação da equipe, mas não deu para operar porque havia outra cirurgia urgente sendo executada e não haveria tempo para a minha.
Não reclamo das idas e vindas ao hospital, é bem melhor estar "na boca do túnel" para entrar em campo a qualquer momento que aguardar, como eu aguardava, uma consulta com um cirurgião. O desgastante é me mobilizar e aos familiares, estar em jejum de 12 horas e não operar, mas isso é secundário, estou feliz porque vou operar e melhorar a minha qualidade de vida, a sorte é que a hérnia não dói o tempo todo e não impede que eu leve uma vida quase normal, fazendo exercícios, carregando peso e trabalhando, o desconforto é mínimo.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Oásis.



Naquele lugar ele possuía ao seu alcance tudo o que precisava: satisfação para os sentidos, alimentação, água, luz, local para repouso; tempo para meditar e deixar a mente livre para navegar em seus pensamentos, medos, fantasias e desejos. Ninguém interferia, ele ficava isolado, não havia ruídos, telefone tocando, campainha da porta estrilando. Ficava longe da agitação de seu trabalho, das pessoas falando ao mesmo tempo, do telefone tocando, dos pedidos que lhe faziam. Longe do barulho da rua, dos escapamentos das motos e das buzinas neuróticas que tocavam o tempo todo.
Sem estas interferências ele pode pensar e acreditar que haja lugares melhores que aqueles, mais relaxantes, prazerosos, onde ele possa sedimentar suas idéias e desejos sem serem interrompidos e sem que necessite justificá-los aos outros. No seu oásis ele é o califa, o sultão, que não precisa dar satisfação de seus atos e pensamentos a ninguém. É a sua ilha particular, inviolável, poderosa, auto suficiente e eterna.
Até que alguém bate à porta de seu quarto e o chama, ato que o puxa violentamente à realidade. Ele se levanta, sai do quarto e volta à sua vida no deserto deixando uma miragem e uma esperança para trás.


sábado, 6 de dezembro de 2008

Natal Inesquecível da Masson.



Todo ano, nesta época de Natal me remeto à infância, boa parte dela defronte à TV.
Perto do Natal era exibida na TV uma propaganda da Casa Masson, relojoaria e joalheria famosa de décadas passadas. Até hoje lembro de parte da letra e cada vez que canto relembro um pouco da minha infância e dos sentimentos puros e doces que a infância proporciona.
Saudade do calor de dezembro que era diferente, sei lá porque, mas diferente, da agitação das semanas que antecediam o Natal, da expectativa insuportável para saber se iria ou não ganhar o presente que tanto queria. Um pouco de cada sentimento nas letras do jingle que mais me lembra o Natal:

"Muitas coisas lindas em brilhantes são como as estrelas lá do Céu.
Enchem nossos olhos de alegria e conservam sempre seu valor.
Jóias da Masson, presentes da Masson.
Jóias preciosas de beleza
Natal fascinante na Masson, Masson, Masson."

Para tentar relembrar a letra do jingle me utilizei de um post do Blog do Brisa e do comentário da Andréia no post. Obrigado aos dois.

sábado, 29 de novembro de 2008

O Papagaio do Pirata.




O velho pirata tinha como mascote o seu papagaio desde que era inteiro e não tinha um gancho no lugar de uma das mãos e nem uma perna de pau. O papagaio, valente, enfrentou todos os mares no ombro de seu dono e ouviu dele tudo o que ele sabia sobre a vida, o mar e a pilhagem. Em cada situação que o velho pirata se envolvia o papagaio estava ao seu lado, ouvindo e repetindo as velhas e esfarrapadas palavras e frases.
Durante uma batalha feroz, o velho pirata foi atingido por uma explosão e se foi, os marinheiros, sem perceber, passaram a receber ordens do papagaio que havia escapado da explosão voando para o alto do mastro da embarcação e de lá repetia tudo o que o velho pirata dizia em situações iguais aquela, tirando o navio da encrenca que se metera e aniquilando o inimigo.
Batalha terminada, o papagaio virou o capitão da nau, a mais eficiente máquina de pirataria que existiu nos sete mares.

sábado, 22 de novembro de 2008

O Realejo.



Todos os dias ele repetia seu ritual, tinha que passar no parque de diversões, caminhar até o realejo, ouvir a melodia em um volume só, estender o dinheiro ao velho senhor que desde sempre só fazia isso, esperar o periquito pescar com o bico um papelzinho dobrado onde estava escrito a sorte de seu dia.
O dia dependia do que estivesse escrito no papel, não havia chance do dia ser diferente, era o periquito quem dizia se o dia seria alegre, triste, divertido, cansativo, preocupante, dramático ou esperançoso. E não havia o que convencesse ele de que o realejo pudesse errar. A vida e a realidade tentavam mostrar a ele que o futuro era imprevisível, mesmo assim ele dava um jeito de adequar o seu dia ao que dizia a sorte tirada no realejo.
Já havia perdido diversas oportunidades na sua vida por não acreditar que ela fosse guiada pelo destino, perdeu emprego, namorada, amigos e até o velho cão desistiu de acompanhá-lo em suas aventuras diárias.
Ontem ele foi ao parque, como sempre, desde sempre. O realejo não estava mais lá, o seu velho dono morrera e o periquito, sem dono, foi doado à uma criança que seguidamente brincava com o periquito quando visitava o parque.
Pela primeira vez na sua vida ele teve que deixar o destino seguir o seu rumo, suando de nervosismo não conseguiu se mover, parado ficou diante do funcionário do parque que lhe dera a notícia fatal, sentiu o seu coração disparar, lhe faltou o ar, joelhos começaram a tremer, ria e chorava ao mesmo tempo, sentia que ia morrer.
Pela primeira vez na sua vida sentiu o que era viver sem ter controle sobre a sua vida, sem saber o que aconteceria no minuto seguinte, se iria morrer, sobreviver, se teria o que comer ou onde morar, exatamente o que sentimos todos os dias quando acordamos sem um papelzinho ao nosso lado para nos dizer como será o dia e, pela primeira vez, se sentiu só, abandonado.
À própria sorte.

sábado, 15 de novembro de 2008

Quero O Meu Tempo De Volta.

Não gosto de me lamuriar, portanto não entendam esse post como uma lamentação e, sim, uma explicação.
Ando cansado, fisicamente, por causa do trabalho e das caminhadas matinais, quando tenho um tempo livre prefiro não fazer nada, ou ver TV ou ficar na Internet navegando à esmo. Não tenho mais um tempo livre para a minha cabeça maquinar com liberdade, parece que o cansaço me tira a força de pensar e de me concentrar em assuntos legais para postar aqui.
Vou me esforçar para compensar a falta de pique e dedicar um tempo para mim mesmo, para pensar, desenvolver idéias e postá-las aqui.
Um pouquinho de paciência.

domingo, 26 de outubro de 2008

AC/DC.

A vida tem pontos de referência, o antes e o depois de alguma coisa: antes/depois de começarmos a caminhar, antes/depois de entrar para a escola, antes/depois do primeiro beijo, antes/depois da formatura, antes/depois do primeiro emprego, antes/depois de tirar a carteira, antes/depois de casar. Casar? Sim, esse talvez seja o antes/depois mais marcante, pelo menos para mim e para muita gente foi. Não falo de cerimônia religiosa ou da festa, falo da vida a dois que exige de ambos acomodação a ela, mais ainda com a chegada dos filhos onde nos é exigido jogo de cintura ao máximo para lidar com crises e conflitos freqüentes e uma paciência oriental.
O casamento marca a personalidade da gente para sempre e nos faz adultos na marra, mesmo naqueles que insistem em serem infantis. Ou casa e amadurece ou a fruta aprodece e cai ainda "verde", não tem meio termo, nem transgênico de resolva. Dá para ser ex-casado e viver solteiro de novo, mas a pessoa jamais será a mesma que foi quando não vivia com ninguém.

Coerência.

Coerência é uma qualidade. Bom que os outros sejam, e nós? Um exemplo: quando tinha meus 30 e poucos anos deixei de ter simpatia pelo socialismo, dei uma guinada à direita, passei a acreditar na economia de mercado e na filosofia que a embasa. Não sei porque mudei, talvez a idade, o contato com bons argumentos, só sei que mudei e basta. Para quem me via de fora não deve ter entendido nada, podem ter se sentido traídos ou inseguros com a minha mudança.
Usei este exemplo para demonstrar como nem sempre sou coerente, embora seja coerente em vários outros aspectos em que tenho convicção, são aqueles princípios que me norteiam. Daria até para escrever uma Constituição minha com artigos que regem minhas atitudes e servem de base para meu pensamento.
Quais seriam os pontos onde devemos ser coerentes e quais não?
Ser humano já é uma experiência por si só incoerente, emocional, confusa, mesmo assim há determinados conceitos em que devemos manter a coerência durante a vida toda, são aqueles que servem de pilar para a construção da nossa personalidade, que nos mantém saudáveis e aos que estão em volta de nós e os que nos possibilitam crescer, desenvolver, sem prejudicar os demais e o planeta.
Difícil definir quais são, mas cada um de nós sabe quais conceitos devem ser mantidos ao longo da vida, quais podem ser mudados pela vida ou por nós mesmos e quais aqueles que estão aí por não termos outros melhores para por no lugar.

Fila.

Moro em um bairro cuja população é predominantemente composta de idosos. Minha seção eleitoral fica no bairro e tinha perto de quatrocentos eleitores, o número limite de eleitores para uma seção na minha cidade e a maioria idosos.
Servi de mesário na eleição de 1992, a do Collor X Lula, naquela eleição, primeiro e segundo turnos, havia fila para votar à qualquer hora do dia, só diminuía um pouco lá pelas 13h e desaparecia perto do encerramento.
No primeiro turno da eleição deste ano fui votar às 13h esperando encontrar pouca fila. Não havia nenhuma, conversando com uma mesária ela me disse que quase não houve fila a manhã toda, quando muito dois ou três eleitores esperavam. Nas eleições anteriores eu também havia notado este fenômeno. Deduzo que muitos eleitores da minha seção já se foram e não foram substituídos por mais jovens, ou foram e os jovens, mais rápidos, não necessitaram formar fila, talvez a urna eletrônica tenha dado mais fluidez à votação e ajudou a eliminar a fila.
Ficou melhor, não preciso mais me preocupar em ir em determinado horário, mesmo assim vou votar depois do almoço, costume.

domingo, 5 de outubro de 2008

Contraste.

Num dia desta semana que passou atendi no meu trabalho, no balcão, a um homem exatamente daquele tipo insuportável: grosso, estúpido e mal educado, que agiu assim porque se declarou contrariado com a forma corriqueira, e educada, que atendo às pessoas e por culpar a mim por ter levado um material errado. Tenho muita dificuldade em tratar com tipinhos assim e acabei tendo um diálogo onde fui irônico, minha forma de retrucar a estupidez e a falta de educação, fiquei com o espírito abatido, pela agressão injusta e pela culpa de ter revidado, foram uma ou duas horas desagradáveis comigo mesmo.
Lá pelo meio da manhã atendi a uma senhora de seus setenta e poucos anos, atendi com a mesma postura que atendo a todos, no final do atendimento ela se dirigiu ao meu patrão e fez um elogio à forma que eu a atendi. Pronto, salvou meu dia e reforçou que estou atendendo bem as pessoas, só não atendo bem a quem está de mal com a vida, esses levam a minha ironia para temperar um pouco a sua já amarga vida.

Setembro.

O Mês de Setembro foi um mês tranqüilo. (um dos últimos tremas que escreverei?) Tão relaxante que me deu um apagão intelectual e não publiquei nada aqui e, para escrever, eu preciso do incômodo, seja ele qual for: físico, emocional, afetivo, não importa, a tranqüilidade me desestimula, distrai, é uma inércia de repouso que me faz ficar parado.
Vou retomar as publicações agora em Outubro, nem que eu tenha que me sacudir por dentro, também em respeito a ti que vem aqui e várias vezes dá com o nariz no post antigo.

sábado, 6 de setembro de 2008

6 de Setembro.

É imprescindível registrar que hoje é o aniversário de nascimento da minha falecida mãe que se foi em 2001 e completaria 87 anos.
Sinto falta dela, já escrevi sobre isso aqui no blog e também escrevi que o que sou devo a ela.
Registro sucinto para ser lido aqui, sentido no coração e entendido no Céu.
Mãe, eu te amo.