terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Divino Amigo.

Um amigo de adolescência. Daqueles de ir ao cinema junto, trocar confidências, gravar fitas cassete (alguém lembra o que era?). Desses que a vida leva à uma distância por vezes oceânica e, por vezes, milimétrica tal qual uma mosca que às vezes pousa na nossa pele e às vezes voa distante. Pois ele esteve aqui em casa, ontem. Abraços, aperto de mão, apenas, mas, insubstituívelmente, bons amigos, mas amigos mesmo, não daqueles que se dizem amigos, mas daqueles que são amigos.
Conversa jogada no sofá, entre DVD's, CD's de música, memórias RAM bioquímicas de um HD que está acima de qualquer órgão na cabeça da gente.
Boa conversa, esclarecedora, saudosa e simples, sim, porque se fosse uma conversa complexa deixaria de dar prazer, tem que ser simples. Hoje, ele atende a um chamado Dele, uma iluminação que recebeu, tardiamente, porque só agora estaria preparado para servi-lo.
Mais um ano de curso superior, depois mais quatro de outro curso superior e fará a prova da batina para vesti-la. Eu estarei lá, como uma mosca, aquela que por vezes está pousada na pele, por vezes voa distante e, por vezes, some, não que ela tenha desaparecido, mas que volta para a sua toca, no fundo do coração, se preparando para voar de novo, assim que o sentimento mandar e a cabeça obedecer.
Precisa ter coragem para tomar esta decisão, nem que seja impulsionada pela Luz Divina.
Felicidade, amigo.

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